Tempos atrás, meu vizinho e amigo, contou-me uma triste história de sua humilde infância.
“Minha infância fora marcada pela minha talentosa arte de ser azarado. Lembro-me de diversos momentos, como no dia das crianças, onde a prefeitura municipal distribuía bolas de futebol para as crianças, lembro que as bolas eram coloridas, brilhantes, e todas as crianças olhavam-nas com admiração, os garotos carentes tinham um brilho especial nos olhos ao ver as bolas, pois eram seus únicos brinquedos. Eram organizadas filas indianas entre as crianças, para receberem uma bola, que seria distribuída pelos ajudantes da prefeitura. Lembro-me de que quando chegou a minha vez de receber uma bola, ela era: murcha, nas cores preto e branco, sem brilho e oval. Fui o único que recebeu uma bola defeituosa, e como se não bastasse ser uma criança carente, acabei ficando com a bola.
Recordo-me das festinhas da igreja, na qual sempre estive presente. Tinha muita comida e bebida. Mas como eu tinha gastrite não podia comer os salgadinhos fritos. Dos pedaços de bolo, o meu sempre era o menor. Os refrigerantes que eram servidos, eu bebia muito pouco, pois meu copo plástico sempre rachava.
Na rua eu era o único garoto que não recebia mesada, para conseguir levantar algum dinheirinho, era preciso juntar garrafas vazias e depois vender para o dono da venda, mas ele sempre pagava em balas de hortelã.
Na escola não era diferente, nunca ganhei estrelinha de bom menino. Nos “amigos secretos” da escola, quando todos ganhavam caixas de chocolate da “Garoto” e “Nestlé”, eu ganhava da “Moranguete”. E nos sorteios de prêmios que a professorinha Helena fazia toda semana, eu nunca ganhava nada, todos meus colegas já estavam ganhando pela segunda vez. Mas até que chegou o dia em que a professora se sensibilizou com minha falta de sorte, e sem eu saber, ela combinou com todos os meus colegas para escrever meu nome no papel do sorteio, e na hora de fazer o sorteio, ela pediu um boné emprestado, colocou todos os papéis, e eu fui escolhido para retirar um. Todos me olharam com excitação, esperando ver minha reação, até que eu peguei o papel e li: 100% ALGODÃO”.
Emílio do Zezé do Zé Vergino
KKKKKKKKKKKK... pior que a minha infancia.... eu nunca tive uma festa de aniversario quando criança...:/
ResponderExcluirhuahsuahsuahu.. Cara que infância complicada, eu também não ganhava mesada e tinha que vender latinha pra descolar uma grana, mas é assim mesmo, Parabéns pelo texto. té mias.
ResponderExcluirmoranguete...hummm...que azar...
ResponderExcluirkkkkkkkkkkkkkkkk......muito bom.... 100%.... algodão...kkkkkkkkkmitobom.... DAUVIM.....
ResponderExcluirkkkkkkkkkkkkkkkk
ResponderExcluirMuito bom Guido... Parabéns... mas o que não sai da minha cabeça a é a cena desse garoto tirando o papel... com as palavras
ResponderExcluir100% Algodão!!! DAUVIM!!!!
OBS: quem escreve o texto foi o Emilio do Zezé do Zé Vergino... créditos para ele!!!!
ResponderExcluirUm conhecido meu tinha as manha de sempre pisar em bosta, mesmo q ela estivesse fora do caminho e na contramão, ele dava um jeito de andar pra trás e atravessar a rua e pisar em qqer bosta existente num raio 4 quadras.
ResponderExcluirkkkkkkkkk
ResponderExcluirRi muito.
Nunca mais reclamo da minha infância!
Ja estou seguindo
Não é facil... passar por uma infância dessas não é facil... coitado do cara... tem que Dauvim pra ele...
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