Rota 173

Localizado em um complexo demográfico rodeado de montanhas e ruas calçadas por paralelepípedos provenientes de suas próprias pedreiras. Tem ouro no nome, mas pode crê é ouro de tolo. Esse blog foi criado para que os integrantes do Clã Rota 173,no qual tem como objetivos frequentar eventos e festivais de rock'n roll; fazer viagens com foco em diversão; observar os transeuntes e incorporar bordões; postar seus textos, fotos,vídeos, e quaisquer outras "bestages" que estiverem a fim.

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quinta-feira, 31 de março de 2011

Show do Iron Maiden

 Filmagem feita pela galera do Rota 173 no show do Iron Maiden


terça-feira, 29 de março de 2011

O que aconteceria se não tivéssemos uma língua ambígua?





Retomando meus estudos linguísticos, tive contato novamente com alguns estudiosos que tentaram recriar a linguagem tornando-a mais verdadeira, real e perfeita. Nos estudos feitos por John Wilkins em sua obra Essay Torwards a Real Character, and a Philosophical Language (London, 1668), propõe-se a criação de uma língua clara, objetiva e sem ambiguidade. “recriar a realidade, por assim dizer, impondo categorias arbitrárias ou convencionais sobre ela e em seguida a essas categorias rótulos igualmente arbitrários. ( Weedwood, 2001 p. 97). Imaginemos se as ideias de Wilkins tivessem vingado e tivéssemos uma língua não-ambígua hoje? O que quero dizer é que teriamos uma língua sem duplo sentido. Não iríamos fazer piadas, pois a graça das piadas está na duplicidade do sentido. Não haveria subjetividade nas poesias? Imagine o trampo que seria para aqueles que lutavam contra a ditadura nos anos 60 e 70. Como eles iriam dobrar a censura, se seus textos e músicas deixassem de ser subentendidos? É preciso indagar sobre isso.
As situações abaixo mostram como seria se a língua não fosse ambígua.

  • O pobre rapaz por detrás de um balcão, seria apenas um rapaz que trabalha atrás de um balcão e sem dinheiro.
  • As músicas do Manhoso e Sandro Becker não teriam nenhuma graça ou sentido. ( Julieta ta ta tá me chamando....)
  • Se alguém dissesse que estaria fazendo penitência ( na quaresma), isso significaria que ele passara quarenta dias numa penitenciária.
  • Fazer avião seria trabalhar na Embraer.
  • Afogar o ganso seria somente matar o palmípedes por asfixia.
  • Comer seres humanos seria só um ato de canibalismo.
  • Dar com os burros n´agua seria encontrar com burros nadando.
  • Um jabuti seria só um jabuti.
  • Cabaço seria somente o fruto do porongo ( cabaça).
  • Escroto seria aquilo que tiraram da Ariadna.
  • Corno significaria apenas um apêndice duro e recurvo que guarnece a fronte dos animais.
  • Dauvim – palavra sem sentido e que não teria graça nenhuma Dooley!

Essa reflexão não terá nenhum valor à ciência e nem a quem estiver lendo, é apenas uma coisa inútil de quem  não tinha nada de melhor para fazer no momento.

Referências bibliográficas:

WEEDWOOD, Bárbara. História Concisa da Linguística. 2001, p 97.

quarta-feira, 23 de março de 2011

Quando o feio lhe parece bonito

  A concepção da beleza na teoria sensorial diz que o belo é tudo aquilo que causa satisfação aos sentidos. Os nossos sentidos tornam-se satisfeitos diante do belo, mas há muitas coisas que nos agradam e não são necessariamente belas. De acordo com Santo Tomás “ belas são as coisas que, vistas agradam” ( pulchra sunt quae visa placent), nessa afirmação, o verbo “ver” tem sentido amplo, no ato completo do intelecto.
        Às vezes vemos coisas que não julgamos belas porque desagrada aos nossos sentidos.
       Mas pode uma pessoa que não possui nenhuma característica do belo, amar alguém com infinita beleza? Já estas características que falo são físicas e voltando a teoria sensorial essas características podem não agradar aos olhos, mas podem ser relevantes aos outros sentidos.
      A nossa história é de um rapaz que era desprovido de beleza física e isso muitas vezes atrapalhava sua vida. Não se dava bem em entrevistas de emprego, era ridicularizado nas ruas, mas o jovem tinha um bom coração e muitos amigos que o ajudavam e não o deixava cair em depressão por causa da sua falta de beleza. Na cidade onde morava havia uma moça muito formosa que agradava todos os sentidos de quem a rodeasse. Não era somente os nossos olhos que se enchiam de encanto quando estávamos perto dela, mas todos os outros sentidos também se manifestavam numa empolgante percepção. Os nossos ouvidos queriam escutá-la, as nossas narinas queriam sentir seu cheiro, as nossas mãos queriam tocá-la e as nossas línguas doidas para sentir o sabor de sua boca. Mas ela era de uma índole tão profunda que nós nos contentávamos apenas de contemplá-la com os nossos pobres olhos mortais. Martha no entanto não percebia nossos olhares maliciosos, nem dava confiança quando alguém se aproximava com alguma cantada barata. Não percebíamos se ela era muito inocente ou se levava tudo na brincadeira. Éramos muito amigos e quando falei em inocência, justificava essa minha afirmação porque ela nunca me confidenciou nada sobre amores ou paixões. Via que ela não se interessava em ninguém do nosso quadro de amigos. Paulo, o nosso amigo desprovido de beleza era o que mais admirava Martha e acabou se apaixonando pela menina. Vivia inventando meios para se aproximar da pequena e declarar seu amor, mas quando olhava para o espelho desanimava por completo, pois sua cara cheia de espinhas e suas orelhas de abano era um obstáculo muito grande. Não tinha coragem de se declarar pois tinha certeza de que levaria um “não” na cara dura e o pior, perderia a amizade de Martha, que era seu consolo.
        Muitas vezes eu pensei em comentar com Martha sobre a paixão de Paulo, mas achava de não iria adiantar. Certa feita, em uma festa de confraternização, Paulo encheu a cara e resolveu que iria se declarar à amada. Estava certo que daquele dia não passaria. Pegou um copo pela borda de rum e jogou goela adentro, quase houve um retorno do líquido ali. Limpou a boca com as costas da mão e saiu trocando os passos confirmando a teoria de Gayol Fernandez que diz que o gracioso é o belo em movimento. Não havia nada de belo, nem de gracioso na cena. Martha estava conversando com uns amigos quando seu príncipe desencantado aparecia num tropeço desconsertante. Ela fez uma cara de surpresa, nunca tinha visto Paulo naquele estado. Correu para ajudá-lo quando o coitado tropeçou num obstáculo que estava à sua frente. Caiu nos braços de sua princesa de olhos claros e cílios largos. Olhou para o rosto delicado de Martha e disse: “Eu te a … ah aaah aaah e blearghhh despejou um líquido viscoso e amarelado no colo da menina. A garota ficou perplexa com o acontecido.
            Depois disso Paulo nunca mais se atreveu a falar sobre o assunto, nem com a gente e muito menos com Martha.
         Passado alguns meses Martha, que havia viajado para capital em visita aos parentes, veio com uma novidade. Ela arrumara um namorado naquela viagem e parecia muito empolgada com o romance.
          Um belo dia de outono quando o vento varria as folhas secas caídas das árvores da Avenida Central, Martha apareceu de mãos dadas com seu namorado. Andando toda satisfeita pela avenida não esperava encontrar Paulo, que ao vê-la de mãos dadas com aquele indivíduo ficou doido. Não pelo ciúmes, mas pela cena que presenciou. O suposto namorado era tão feio que contrariava totalmente a afirmação de Vinícius de Moraes que diz que beleza  é fundamental. Paulo se surpreendeu. Não aguentou ao vê-lo de mãos grudadas com a sua princesa. Chegou bem perto dos dois e disse:
             -Ora Martha,  se eu soubesse que você gostava de feio, eu teria chegado em você há muito tempo.

quinta-feira, 17 de março de 2011

Inevitável

 Inevitável

Chega a cortar como uma lâmina
Vem tão de repente como o zéfiro,
Consome com sua fome titânica
Destrói com seus braços quilométricos.

No negro se translada ente incógnita
Devasta povoado e metrópole,
Mostrando sua face nada cândida
Nas páginas talhadas por Sófocles.

Transforma em loucura mente lúcida
Daqueles que contra ti tornam-se rígido,
Acabam se entregando no seu máximo
Tendo o seu fim, assim de um jeito cômico.

                              
                                                      Pra muitos é da tristeza , o símbolo
                                                      É amiga da noite, irmã da víbora,
                                                      Pra outros ela é deusa, coisa mística
                                                       E a ela se entregam: doce bálsamo.
                  
                                                                                         Guido Carmo     16/03/11

E a inspiração nasce de momentos e acontecimentos catastróficos.
Uma poesia para refletirmos sobre o inevitável...







terça-feira, 15 de março de 2011

No mundo espiritual, todos são iguais?

Essa é uma das maiores dúvidas que paira sobre minha cabeça. Imaginem um lugar onde não haverá separação de classes, admiração pela estética, paladar. Imagine ai John Lennon!
Quando penso neste lugar, questionando os fatos, uma única palavra responde “TÉDIO”. Pois aqui onde existo, o caos deve ser contemplado.
Mas se pararmos para pensar se todos tornarem iguais, então o conhecimento será nivelado.
Não acho nada justo para com aqueles que se esforçaram e mostraram ser diferentes. Adoro e acredito nos contos de Woody Allen, e a verdade será contraditória? Então podemos chamar Stan Lee de hipócrita, pois sua tentativa de mostrar no X-Men que os mutantes podem viver em harmonia com os humanos, de nada vale, porque todos serão iguais. E aquele trabalho todo do Homem-Aranha, em salvar o mundo de seus malfeitores, e com um único propósito: fazer valer a paixão pela Gwen Stacy (morta pelo Duende Verde), e isso não valerá de nada, porque também será igual.
E o que adianta ouvir “ Sociedade Alternativa “ e no final será “ Gita “ para todos. Então pouco me importa se a bruxa está solta, ou se lavei as mãos. Não me interessa saber qual é a gramática ou pronúncia correta, segundo professor Pasquale, pois ele também será igual.
E para que o AC/DC deverá gravar um novo álbum, se no final será igual, apesar que neste caso não pode ser visto como referência, pois todos os seus álbuns sempre foram iguais mesmo.
Será Karl Marx um enviado do mundo espiritual?
Será John Travolta um alienígena da Alfa Centauro?
Será Paulo Coelho um literato?
Será que o número de cromossomos do ser humano é 46? E será que os cromossomos sabem disso? Alias, será que os cromossomos sabem que são cromossomos?
Será Jô Soares um magro trajado de gordo? Ou foi uma borboleta que sonhou que era um sábio chinês?
Será que Tiradentes foi o primeiro punk rock brasileiro?
Será Mestre-dos-magos um discípulo de Houdini, ou um charlatão?
E refletindo todos esses fatos, lembro-me de Arthur Connan Doyle e seus mistérios, quantas foram as visitas no 221B Baker Street, com o objetivo de entender a lógica.
E o que adiantará comer salame com goiabada se não haverá mais paladar. E o doce-de-leite, ah sim!!! Meu favorito entre os doces, deixará de existir.
E aqueles que se julgam gênios, e que por meio de física quântica apresenta a resposta como “Ilusão”. Gostaria de lembrá-los que “Ilusão” é nada mais do que um dos personagens criados por Stan Lee, também com o nome de “Mystério”, onde aparece depois do Venom, como arqui-inimigo do Homem-Aranha no série dos anos 90.
Penso nas pobres flores, Tulipa é a minha favorita, o que irá acontecer com ela, pois todas as mulheres serão iguais.
E o que pensa Ló que fugiu de Sodoma, e onde ele está? Acho que o vi na área vip no show do KISS em 2009 no Anhembi. Mas ele também será igual.
Não posso aceitar essa verdade, salvo se estiver referente ao artigo 5° da constituição de 1988 do código civil, neste caso sim, todos são iguais perante a lei.
Como são possíveis todos iguais, Rogério Skylab igual a todos, é humanamente Impossível!
Acho que se isso for verdade tomarei uma decisão drástica, vou subir em um palco ao som de Pink Floyd e começarei a arremessar pregadores de roupa nas pessoas.
E diante de toda essa dúvida e questões geradas, uma coisa eu digo: “Não tem nada haver com pimenta”.

Emílio do Zezé do Zé Vergino 15/03/2011

sábado, 12 de março de 2011

O pobre rapaz por detrás de um balcão

       Começo meu relato com um verso de uma canção popular:
      “Quem um dia irá dizer que não existe razão nas coisas feitas pelo coração”- é que o amor às vezes nos prega peça que nos deixa perplexos como na história que contarei:
          O nosso herói quase não dormia à noite, acordava quase sempre quando o sol já estava a pino. Noites em claro, passava as madrugadas entre um Intercine e um corujão. Entristecia-se sempre que assistia uma comédia romântica, pois ele se sentia na pele do galã que passava o tempo todo atrás da gostosa do filme e no final sempre conseguia. A tristeza do nosso herói dava-se por conta de que uma história daquelas nunca iria acontecer com ele, pois como em toda comédia romântica o galã sempre conquista a moça fujona em um aeroporto e como na cidade do nosso protagonista não tem aeroporto ele via o sonho de conquistar a amada impossível, não é que ele levava o cinema assim tão a sério, mas num aeroporto tudo parece ser mais fácil.
        Todos os dias o nosso paladino do amor chegava ao trabalho às duas e meia em ponto. Ele trabalhava em uma cantina no centro da cidade onde recebia ali todo o tipo de gente; camponeses,   funcionários das fábricas, estudantes, alcoólatras, viajantes, doidos, chatos ( isso era o que mais tinha)... por fim uma infinidade de pessoas.
         Num triste dia em que o sol se escondia entre os nimbos e uma rala e fria chuva caía devagar, o nosso herói lia um livro de um autor desconhecido atrás de seu balcão. O dia estava tedioso, mas ele nem se importava com isso, não havia nenhum cliente ali, e ele se concentrava naquela leitura do autor desconhecido. De súbito entra no estabelecimento uma jovem de longos cabelos, corpo bem feito, de fartos seios e de um largo sorriso nos lábios. O jovem rapaz por detrás do balcão não podia acreditar; é ela... é ela...
         Quase sem soltar a voz pergunta à moça, gaguejando:
         -A se...se.. senhorita de..de..deseja alguma coisa?
         -Sim – disse ela com um brando sorriso – você poderia me informar a que horas abre o escritório aqui da frente?
         -Geralmente ele fecha ás cinco, mas amanhã abrirá ás oito da manhã. - disse ele com cara de bobo.
         -Tá bem, amanhã eu volto então. Me dá um chiclets ? - e saiu batendo os cabelos  encharcados num andar meio desajeitado.
           Ela se foi e o rapaz ficou com cara de bobo atrás do balcão.
          O protagonista de nossa história criava mil maneiras de tentar ao menos puxar conversa com a amada que voltaria no dia seguinte. Mas ele só entraria no trabalho á tarde, como poderia encontrar com ela de novo? Naquela noite ele foi dormir mais cedo sacrificando suas horas na internet e suas sessões madrugais de intercine e corujão (I e II ). Alarmou o relógio para as sete da manhã e se entregou aos seus oníferos momentos. Quando o relógio despertou ele abriu o zóinho debaixo do cobertor e perguntou a si mesmo:  “Será que ela vale todo esse sacrifício?... pensou naqueles melões e concluiu... SIM... VALE!!!
         O sino da matriz denunciava as horas: Já era quase oito (o relógio da igreja está sempre atrasado) e ele estava sentado na praça fingindo ler alguma coisa, mas seus olhos caçavam a sua Vênus por todos os lados. Havia passado algum tempo e ele imóvel naquele banco, as pernas cruzadas, livro aberto no colo apenas os seus olhos se movimentavam. O vai e vem das pessoas o desesperava, nenhum rosto daqueles lhe interessavam, somente o rosto dela... somente ela...
       Ele nem percebeu quando a garota chegou ao escritório, continuou imóvel e notou que muito tempo já havia passado. Pensou em ir embora, mas resolveu tomar alguma coisa na cantina onde trabalhava. O seu colega de trabalho espantou-se ao vê-lo àquela hora na rua:
       – Você?!! Por aqui uma hora dessas? - Perguntou o amigo.
       – Pois é... estou resolvendo um problema aí... - disse meio desanimado.
           Levou um gole de Jotaefe na boca e pensou; “seria bom contar tudo ao meu amigo, talvez ele possa me ajudar.”
          -Sabe o que é João? Há dias que eu estou meio que gostando de uma menina aí! - Disse ele meio constrangido.
           -Ah! Ainda bem que é uma menina, pior que se fosse um menino... huá..huá...- comentou  João.
          O nosso herói fez uma cara de sarcasmo... João era o único que ria das próprias piadas sem graça.
        -Cara, tô falando sério... o pior é que ela veio aqui ontem e eu nem falei nada pra ela fiquei meio sem graça, sabe... sem saber o que fazer.
         – E quem é essa gatinha? Eu conheço?
        – Não sei... ela é nova por aqui e parece ser gente de grana... eu não tenho nenhuma chance. Sou apenas um rapaz que trabalha atrás de um balcão. Ela nunca vai me dar bola!
       – Vixe, deixa disso cumpadi, assim você está me menosprezando também... Lembra daquela vez que namorei uma ricaça? Ela tinha grana. Eu só ia em shows na ala VIP e ela bancava tudo.
       – Tá bom...tá bom. Eu lembro só que ela era uma coroa de 55 anos!
       – Ora, isso são detalhes...detalhes...
       – Tá! Acontece que ela vem no escritório do Johnny hoje e eu vim aqui pra ver se a encontro.
       – E ainda não a viu?
         – Não... peraí.. olha lá na porta do escritório... é ela... é ela...
         – Caramba mano, maior gata... vai lá véio! E se você precisar de mais tempo eu cubro seu turno... vaaaiii!!
           João apesar de ser meio sem graça em suas piadas e não muito inteligente, era um grande amigo, capaz de fazer qualquer gesto altruísta para ajudar o companheiro de balcão.
          Tropeçando em meio aos paralelepípedos desnivelados das calçadas lá ia o nosso herói rumo à grande batalha. Quando chegou perto da garota de cabelos longos e seios fartos estremeceu, mas escaparam pela sua boca algumas palavras:
         – Oi!! E ae?!! - disse com o rosto corado de vergonha.
        – Oi!! - respondeu a menina meio ressabiada.
        – Então... né?!!! - falou o nosso guerreiro tentando criar um clima.
       – Ah... me lembro de você! Você trabalha na cantina do outro lado. Ué? Não tá trabalhando hoje?
       – É que... que hoje é o meu dia de folga. - Respondeu pensando na proposta de joão. Teria o dia livre.
       – Opa! Legal! Eu sou nova por aqui. Você não gostaria de me mostrar a cidade?
       – Certo... pode ser, mas eu não tenho carro e...
      – Ora - interrompeu a menina- Eu quero conhecer a cidade a pé, afinal ela não é muito grande né? - Falou isso com uma leve risada.
     – Ok!! Então tá!!
         E saíram os dois pelas calçadas de paralelepípedos desnivelados.
         Em uma pracinha que situava-se no final da Avenida Central, o belo casal se beijava sob o ardente sol de janeiro. Mas o nosso herói ainda não se conformava com tudo aquilo e resolveu  perguntar à garota porque ela se mudara para aquela pequena e pacata cidade:
      – Ora … Meu foi pai transferido. Ele vai trabalhar no balcão dos Correios daqui. Ah, e eu também já arrumei um serviço, vou trabalhar como balconista de uma loja de presentes.
      – Ah, tá!- interjeicionou o nosso herói com uma cara de bobo.


                                                        Guido Carmo 12/03/2011






Esta é a minha 1ª postagem neste blog, escrevi um pequeno conto em homenagem a um amigo.
Espero que gostem, está aberto a comentários.
Até a próxima postagem!!!!